O Ministério Público do Ceará enviou ofício à PGE e à Secretária de Saúde do estado defendendo a responsabilização cível e criminal do pastor Davi Goés. O religioso espalhou uma série de informações falsas e sem qualquer respaldo científico por meio de um vídeo que viralizou.
No vídeo que provocou a ação, ele diz que a vacina pode causar câncer e contém o vírus HIV. Para o MP, o religioso violou o artigo 41 da Lei das Contravenções Penais e preceitos da Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet — popularmente conhecida como Lei das Fake News —, além de lei estadual que responsabiliza quem dissemina notícias falsas sobre a epidemia, regulamentada em maio deste ano.
Diante desse entendimento, o MP-CE enviou dois ofícios nesta terça-feira (15/12). O primeiro se refere à esfera criminal e foi elaborado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Cidadania, do Idoso, da Pessoa com Deficiência e da Saúde Pública (Caocidadania), Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim) e pelas Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde, sendo direcionado à Secretaria das Promotorias de Justiça Criminais.
O outro ofício foi encaminhado à Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa). O MP sustenta ainda que a Sesa pode aplicar multa a quem descumpre a lei.