Microsoft, Apple, Google e Walt Disney todos contra Trump

"Imigrantes altamente qualificados estarão mais interessados em trabalhar [fora dos EUA], em lugares onde eles e os seus colegas possam viajar livremente e com a garantia que os vistos de imigração não serão, de súbito, revogados", lê-se no documento apre

Microsoft, Apple, Google e Walt Disney todos contra Trump

Foto: Divulgação

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Donald Trump consegue gerar consensos - em especial contra si próprio. O dia de ontem foi fértil em factos que atestam nesse sentido. Assim, 97 grandes empresas obtiveram permissão do tribunal de recurso de São Francisco, onde está a ser analisada a suspensão da interdição de entrada de sete países muçulmanos nos Estados Unidos, para atuarem como "amigos do tribunal" no caso, considerando que a decisão do presidente "prejudica gravemente o universo empresarial americano".

Entre as empresas estão a Microsoft, a Boeing, a Apple, a Walt Disney, a McDonald"s e a Google. O direito de se constituírem como "amigos do tribunal" resulta da "relevância" das suas "perspetivas" para o caso que foi interposto pelo estado de Washington.

"Imigrantes altamente qualificados estarão mais interessados em trabalhar [fora dos EUA], em lugares onde eles e os seus colegas possam viajar livremente e com a garantia que os vistos de imigração não serão, de súbito, revogados", lê-se no documento apresentado ao tribunal.

Noutro plano, a Casa Branca tinha até ontem, ao final do dia, para apresentar argumentos a justificar a ordem executiva assinada pelo presidente Trump a 27 de janeiro perante o tribunal de Seattle, que suspendeu sexta-feira a eficácia do decreto presidencial.

Num desenvolvimento significativo, o presidente da Câmara dos Comuns britânica, John Bercow, que pertenceu ao partido conservador até assumir o cargo de speaker em 2009, afirmou ontem não ter "qualquer intenção" de convidar Trump a discursar em Westminster Hall. Em 2011, Barack Obama teve essa distinção e, em 1996, Nelson Mandela. Isabel II já proferiu aqui cinco intervenções, sendo a última por ocasião do Jubileu de Diamante, em 2012.

Afirmando-se insultado pelo "racismo" e "sexismo", Bercow recordou que é um dos três "detentores das chaves de Westminster", - onde estão os restos mortais de muitos monarcas britânicos -, sendo os outros dois, o speaker da Câmara dos Lordes e o Lorde Chamberlain, responsável pela organização das visitas de Estado e por atos oficiais relativos ao Parlamento. Trump estará no Reino Unido na primavera, precisamente em visita de Estado, e era antecipada a possibilidade de falar às duas Câmaras.

As palavras de Bercow - que não tem contudo decisão final na matéria, como o próprio reconheceu - seguem-se a uma petição lançada pelos deputados, que já recolheu 163 assinaturas entre os 650 eleitos. Nela se pedia que não fosse concedido privilégio a Trump de discursar em Westminster Hall.

Downing Street limitou-se a comentar estarem em curso os "preparativos" para a visita, "que serão anunciados na altura própria".

De volta aos EUA, onde se preparam novas ações de protesto contra Trump, um grupo de antigos responsáveis pelo Departamento de Estado, conselheiros de segurança nacional e antigos responsáveis da CIA, maioritariamente democratas mas também alguns republicanos, enviaram uma carta ao Secretário de Estado John Kelly, criticando a interdição decretada por Trump.

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