Descoberta em 1986 no coração da Amazônia, em Coari, a cerca de 650 quilômetros de Manaus, Urucu chama a atenção pelo desafio de produzir petróleo com respeito ao meio ambiente e redução dos impactos da atividade sobre a região.
Foto: Divulgação
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Já se passaram 30 anos desde que o petróleo jorrou pela primeira vez do poço pioneiro Rio Urucu número 1 (RUC-1), que deu origem à Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas, maior reserva provada terrestre de óleo equivalente (petróleo e gás natural) do país.
Descoberta em 1986 no coração da Amazônia, em Coari, a cerca de 650 quilômetros de Manaus, Urucu chama a atenção pelo desafio de produzir petróleo com respeito ao meio ambiente e redução dos impactos da atividade sobre a região.
O óleo de Urucu, um dos mais leves produzidos no país (quanto mais leve, melhor a qualidade), facilita o seu processamento nas refinarias e permite o aproveitamento na produção de gasolina, nafta petroquímica, óleo diesel e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Em outubro deste ano, o complexo registrou a produção de 35.387 barris de petróleo por dia e 13,9 milhões de metros cúbicos de gás natural, além de 1,2 tonelada de GLP, o equivalente a 112 mil botijões de gás de cozinha.
Se comparada aos 100 mil barris/dia de uma única unidade do pré-sal, a produção de Urucu é pequena, mas fundamental para o abastecimento da Região Norte e parte do Nordeste, além de ter papel importante na atividade econômica do Amazonas, com participação de cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
A chegada à Amazônia nos anos 1980
O engenheiro de produção Ivaldo Santos da Silva, 34 anos de Petrobras, 30 dos quais dedicados à Urucu, lembra das dificuldades de instalação do complexo em meio à mata fechada, numa obra grandiosa. “Isto aqui era mata cerrada e lamaçal. Não era incomum encontrarmos onças, cobras e todo tipo de animal. Era aventura pura, estilo Indiana Jones mesmo. Todo transporte de material e de pessoas era feito pelo Rio Urucu. Os equipamentos, máquinas, tratores e sondas eram desmontadas e carregados pelo meio da mata fechada e enlameada nas costas mesmo. Desmontava-se tudo, colocava-se tábuas para reduzir os atoleiros e, em meio as clareiras que eram abertas, se montava tudo de novo”, conta, emocionado.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!