Ele se dizia convicto de que o atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, seria punido em breve – pela Fifa ou pela Justiça dos EUA ou ainda a partir de investigações do Ministério Público Federal.
Foto: Divulgação
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Uma das 71 vítimas do voo da Chapecoense, o vice-presidente da CBF e também mandatário da Federação de Futebol de Santa Catarina, Delfim Peixoto, tinha a intenção de levar o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para o cargo de Diretor de Ética da CBF. O convite só seria feito se Delfim chegasse ao cargo máximo da confederação.
Ele se dizia convicto de que o atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, seria punido em breve – pela Fifa ou pela Justiça dos EUA ou ainda a partir de investigações do Ministério Público Federal.
Com isso, acreditava que a sucessão de Del Nero ficaria totalmente indefinida e a CBF seria forçada a convocar uma nova eleição. Para Delfim, que chegou a ser o primeiro na linha sucessória da entidade, por ser até o ano passado o mais idoso entre os cinco vices, o afastamento de Del Nero poderia abrir caminho para sua chegada ao comando da CBF.
“A entidade precisa de transparência, de respeito. O ministro Joaquim Barbosa seria o nome ideal para dar esse choque na CBF. Ele se notabilizou pelo combate à corrupção durante os anos dedicados ao STF e goza de profundo respeito de todos”, disse dias antes da tragédia ocorrida em 29 de novembro.
Delfim era entre todos os dirigentes de federações o único a se declarar publicamente contrário à gestão de Del Nero, indiciado por corrupção pela justiça norte-americana, e cobrava dele que viajasse para o exterior a fim de acompanhar os jogos da Seleção Brasileira e participar de eventos oficiais da Fifa.
A CBF tem uma Diretoria de Ética e Transparência, comandada pelo deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG), que não se manifesta sobre as denúncias públicas contra Del Nero e outros dirigentes da entidade.
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