O Rio foi eleito sede olímpica em outubro de 2009, em meio a um ciclo econômico virtuoso no Brasil no segundo mandato sob Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Divulgação
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A pouco mais de duas semanas da abertura da Olimpíada, em 5 de agosto, 50% dos brasileiros são contrários à realização do Jogos do Rio, revela o Datafolha.
De acordo com pesquisa do instituto feita entre os dias 14 e 15 de julho, o percentual de reprovação dobrou quando se compara ao levantamento anterior, feito em junho de 2013. Àquela altura, 25% dos brasileiros se opunham aos Jogos no Rio.
Há três anos, 64% eram favoráveis aos Jogos. Agora, o número retrocedeu para 40%. Entre os demais, 9% dos consultados se disseram indiferentes à competição e 2% não responderam.
A aversão ao megaevento do esporte é maior entre os moradores das regiões Sul e Sudeste, entre pessoas com mais instrução e com renda familiar mensal de cinco a dez salários mínimos.
Moradores do Norte e Nordeste e os jovens demonstram apoio maior à realização da Olimpíada.
O Datafolha apontou ainda que 63% acreditam que o evento trará mais prejuízosdo que benefícios para os brasileiros em geral. Eram 38% na pesquisa de 2013.
A avaliação é menos negativa entre os moradores da cidade do Rio. De acordo com 47% dos cariocas, os Jogos trarão mais prejuízo do que benefícios. Fazem a avaliação contrária 45%.
Nesta pesquisa mais recente, o Datafolha fez 2.792 entrevistas, com pessoas acima de 16 anos, em 171 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
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ONDA NEGATIVA
O Rio foi eleito sede olímpica em outubro de 2009, em meio a um ciclo econômico virtuoso no Brasil no segundo mandato sob Luiz Inácio Lula da Silva.
O cenário mudou com a deterioração das contas públicas ao longo do governo de Dilma Rousseff.
Nas últimas semanas, os Jogos apareceram mais diretamente associados a situações negativas.
Em junho, o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), decretou estado de calamidade pública devido à crise financeira do Estado e aos custos comprometidos com a organização da Olimpíada.
No início de julho, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que os Jogos "são uma oportunidade perdida".
Ao jornal britânico "The Guardian", disse que "com essa crise econômica e política, com todos esses escândalos, este não é o melhor momento para estar nos olhos do mundo.
Dias antes, Paes havia afirmado que a administração estadual faz um trabalho "horrível" na segurança.
Segundo os dados oficiais, o custo total do evento já superou R$ 39 bilhões, divididos entre investimentos públicos e privados.
Em que pese o alto valor gasto, a maior parte da população está pessimista com a imagem do país para o mundo durante a competição.
A pesquisa abordou itens como segurança pública e transportes. Em todos, prevaleceu a avaliação de que a Olimpíada será mais motivo de vergonha do que orgulho.
Para 57% dos brasileiros, a segurança representará mais vergonha do que admiração. Apenas 32% dos pesquisados citaram o inverso.
Na última sexta (15), em meio à realização da pesquisa (feita nos dias 14 e 15), o governo federal anunciou que irá revisar o plano de segurança dos Jogos em virtude do atentado terrorista em Nice, na França, que matou 84 pessoas.
DESINTERESSE
Nem o fato de a delegação brasileira competir em uma Olimpíada pela primeira vez em casa tem atraído grande atenção. A equipe, com 462 atletas, tentará ficar entre as dez primeiras colocadas no quadro geral, considerando o total de medalhas.
No Datafolha de 2013, 35% se disseram muito interessados no evento. Agora o índice caiu para 16%. A taxa dos que afirmaram não ter nenhum interesse saltou de 28% para 51%.
O percentual dos que se consideraram um pouco interessados pelos Jogos recuou de 37% para 33%.
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