Começou por volta das 9h30 desta segunda-feira o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar, esquartejar e ocultar o corpo da modelo Eliza Samudio. A principal expectativa do júri, que deve durar pelo menos três dias, está no depoimento de Bola, já que ele pode ou não entregar o local onde estão os restos mortais da vítima, ex-amante do goleiro Bruno.
Na porta do Fórum de Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, o assistente da acusação, José Arteiro, afirmou que não acredita que o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, trará alguma novidade para o caso. “O Bola morre, mas não diz onde está o corpo de Eliza. O Bola tem caráter ruim, ele mata rindo. Acredito que ele não vai revelar onde está o corpo”, disse.
Arteiro ainda aproveitou para alfinetar os advogados de defesa do ex-policial civil. “Tudo o que a defesa dele (Bola) diz não tem força, não tem validade”, finalizou.
No início do julgamento, a juíza Marixa Fabiane negou o pedido de adiamento do julgamento apresentado pela defesa do réu. Segundo os advogados, um recurso especial ainda não foi julgado. O Ministério Público opinou que o julgamento do recurso especial não impedia o prosseguimento do júri, posição que foi seguida pela magistrada que preside os trabalhos.
A defesa também requereu a condução da testemunha José Cleves, que não compareceu, e a intimação da delegada Alessandra Wilke. A juíza deferiu a condução de Clever e considerou que a ausência da delegadafoi justificada por estar em missão especial em Ipatinga.