Governo vai permitir que empresas explorem 2,7 milhões de hectares na Amazônia

Governo vai permitir que empresas explorem 2,7 milhões de hectares na Amazônia

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Foto: Divulgação

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O governo lançou nesta quinta-feira o Plano de Outorga Florestal que vai permitir a exploração sustentável de seis florestas nacionais na Amazônia até o final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é aumentar a oferta de madeira legal no país, o que, espera o governo, resultará na diminuição do desmatamento ilegal. Por meio de concessões das florestas serão ofertados 840 mil metros cúbicos de madeira, o equivalente a cerca de 38 mil caminhões de madeira. ( Leia também: Minc diz que licenças ambientais não serão concedidas 'no grito' )
“Enquanto for mais simples e mais fácil entrar em uma área e derrubar árvores, e for muito difícil fazer a coisa certa, essa guerra está perdida”
As empresas vencedoras das concessões terão 40 anos para explorar pequenos lotes de uma parte da floresta, num sistema de revezamento dos lotes. Assim, os empresários poderão tirar árvores de uma determinada área que só será explorada novamente 40 anos depois, em um sistema que permite que a floresta regenere e não tenha perda substancial de cobertura. A área total a ser explorada pelas empresas vencedoras das licitações é de 2,7 milhões de hectares. As licitações serão realizadas até o final de 2010. ( Lula elogia empreiteiros e pede nova lei de licitações )
- Enquanto for mais simples e mais fácil entrar em uma área e derrubar árvores, e for muito difícil fazer a coisa certa, essa guerra está perdida - disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Primeira floresta licitada pagará R$ 7 milhões para tirar madeira em 40 anos
Segundo Minc, as medidas de repressão ao desmatamento têm conseguido diminuir o problema, mas sem o aumento da oferta de madeira legal na Amazônia a repressão é uma solução frágil. Para se ter uma ideia, a concessionária vencedora da primeira floresta nacional licitada, a de Jamari, em Rondônia, pagará pela exploração da floresta R$ 7 milhões para tirar madeira durante 40 anos. O dinheiro será dividido entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o Ibama e um percentual (ainda não definido) para investimento nas comunidades locais.
Para o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, órgão responsável pelas concessões, essa é a melhor solução para combater o desmatamento. - Uma das poucas saídas para o desmatamento é valorizar a floresta - disse Carlos Hummel, lembrando que as concessões devem gerar 12 mil empregos diretos e indiretos.
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