Dieese confirma desigualdade no país em relatoria anual

Dieese confirma desigualdade no país em relatoria anual

Dieese confirma desigualdade no país em relatoria anual

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) distribuiu em dezembro o Anuário dos Trabalhadores 2008, que reúne dados sobre a população brasileira em geral e a classe trabalhadora em particular. É uma enorme quantidade de números, que detalham as condições de trabalho, educação e vida  da população brasileira. Infelizmente, os dados confirmam a enorme situação de desigualdade em que o país vive.
 
Os  10% mais ricos ficam com 44,5% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres ficam apenas com 16,5% do bolo. Só os 1% mais abastados ficam com mais de 10%. Os dados são de 2007, cinco anos depois da posse de Lula, o que mostra que a situação não é diferente do que sempre foi no país.
 
Ainda impera o latifúndio. Enquanto 62% dos proprietários ficam com 7,5% da área destinada à agricultura, 2,9% dos proprietários ficam com 58,1% da área. As terras improdutivas ocupam 28,6%, ou seja, um quarto do território que pode ser usado para plantio e pecuária é desperdiçado para que sues donos ganhem com a especulação.
 
Uma parte bastante importante do estudo é a que fala do salário mínimo. Em 1960 ele era equivalente a  R$ 1.028,52. Mais que o dobro que os atuais R$ 415,00. Boa parte da perda foi na ditadura militar. Em 1980 o salário mínimo já era 40% menor. Isto num quadro em que 60,5% dos trabalhadores ganham apenas o mínimo. Segundo o Dieese, o salário mínimo que cumpriria o que determina a constituição  deveria ser de R$ 1.803,11. O valor é o que o instituto julga suficiente para suprir uma família de quatro pessoas.
 
Também sobre a educação os números são alarmantes. Num mercado de trabalho que exige cada vez mais escolaridade, o brasileiro fica em média 7,7 anos na escola. O número de analfabetos é de 10,4% da população. Os dados são de 2006, o que mostra a pouca mudança com o governo Lula. Uma questão: o levantamento não conta os semi-analfabetos, que são aqueles que sabem ler um pouco, mas não conseguem compreender um texto.
 
Além destes dados, o Dieese também mostra uma série de informações sobre as desigualdades entre homens e mulheres, negros e brancos, habitantes da região sudeste e nordeste. Uma realidade que pode ser observada a olho nu pela grande maioria dos trabalhadores, mas que precisa ser confirmada pelos números. Pois ainda existem aqueles indivíduos que acham que pobreza é coisa de quem quer se fazer de vítima. Ou que a situação “não é bem assim”.  
 
É claro que números podem ser distorcidos. Afinal, se alguém coloca os pés em um forno e as mãos em uma geladeira a temperatura média do corpo dessa pessoa vai ser normal. A anedota é contada em aulas de estatística para mostrar que não podemos olhar os gráficos de maneira fria e isolada. Mas que eles são importantes para o debate, eles são. E estão aí para mostrar que o Brasil ainda um país de injustiças.
 
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS