ACRE - Tiro acidental matou delegado em Cruzeiro

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Foto: Divulgação

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Na conclusão preliminar do inquérito que apura a morte do delegado Ananias Pereira de Lima, 36 anos, que morreu com um tiro na cabeça dentro de seu gabinete, na delegacia de Cruzeiro do Sul, domingo, à tarde, o delegado Adolfo Régis, designado especialmente para cuidar do caso, disse que o policial morreu como vítima de acidente com arma de fogo. A polícia descartou as possibilidades de suicídio e de homicídio, já que na hora do disparo o delegado estava com duas pessoas na sala. Quando a notícia se espalhou na cidade, uma multidão se formou na frente da delegacia e, desinformada, tentou invadir o prédio para linchar as duas pessoas que estavam com o policial. A morte O delegado ouvia o depoimento da doméstica Marinês da Silva Rocha, que trabalhava há vários anos com a advogada Isabel, encontrada morta no Igarapé Preto na manhã de sábado. Ananias investigava a morte da mulher e a doméstica foi intimada para depor, porque conhecia muito bem a patroa. Ela estava acompanhada do advogado Sebastião Castro de Lima, de 60 anos, que era a terceira pessoa presente na sala. Numa entrevista concedida com exclusividade à TRIBUNA, o advogado contou como tudo aconteceu. Sebastião disse que estava sentado em uma poltrona no gabinete do delegado e fazia perguntas à sua cliente. Ele perguntou se a patroa da doméstica guardava armas de fogo em casa. A mulher respondeu que sim, mas que não conhecia o modelo. O advogado continuou, dizendo que Ananias apresentou um revólver 38, mas a mulher disse que a arma não era igual à da sua patroa. Foi então que o delegado teria dito. “Vou lhe mostrar uma do meu arsenal particular,” e puxou de dentro de uma gaveta uma pistola automática preta. Nesse momento, segundo o delegado, a mulher pediu que ele parasse de exibir a arma, o delegado teria tranqüilizado a doméstica, afirmando que não havia perigo algum. “Quando ele disse isso, estava bem atrás de mim, eu não vi que movimento ele fez, só ouvi o barulho enorme de um tiro e corri da sala desesperado”, contou. Sebastião e Marinês correram para a recepção da delegacia onde estava o policial civil Mário Tomé, que, ao ouvir o barulho, foi até a sala do delegado e encontrou-o caído em uma poça de sangue. A mulher e o advogado entraram em estado de choque. Uma equipe do Samu e uma guarnição da PM chegaram em seguida ao local e constataram a morte do delegado. Doméstica e advogado quase foram linchados A primeira informação que chegou ao conhecimento da imprensa dava conta de que Ananias Pereira havia cometido suicídio, mas esse fato logo foi descartado quando surgiu outra hipótese - o delegado teria sido morto pelo casal que estava na sala. A população tentou invadir a delegacia e o Comando de Operações Táticas e de Inteligência da PM no Juruá teve que intervir e remover os dois para o comando da PM. Policiais violaram o local do crime Dois policiais, um civil e um militar, mudaram a cena do crime antes da chegada dos peritos do IML que já estavam em Cruzeiro do Sul, realizando a perícia no local onde a advogada foi encontrada morta. O policial civil Mário Tomé foi o primeiro a entrar no gabinete do delegado após o disparo. De acordo com o delegado Adolfo Régis, ele retirou do lugar a pistola de onde saiu o tiro que matou Ananias. O cabo Olavo, da Policia Militar de Cruzeiro do Sul, que comandava a RP que chegou ao local minutos após a tragédia, pegou a arma e retirou dela o carregador, que ainda continha uma bala. Emoção no traslado do corpo O corpo do delegado Ananias Pereira foi velado em uma Igreja Evangélica da cidade antes de ser removido para Rio Branco. Do local do velório, o corpo seguiu no carro do Corpo de Bombeiros até o aeroporto onde foi embarcado em um avião fretado pela Secretária de Segurança. O secretário de Segurança, Antônio Monteiro, acompanhou o traslado até Sena Madureira, onde Ananias será enterrado hoje, à tarde. Quem foi o delegado? Ananias Pereira da Silva, tinha 36 anos de idade. Entrou para a Polícia Civil em julho de 2003, após ser aprovado no concurso público para delegado. Trabalhou em Rio Branco por cerca de oito meses até ser transferido para Cruzeiro do Sul, onde estava há 2 anos e 10 meses. Separado da primeira mulher com quem teve dois filhos, levava uma vida discreta no Juruá, onde respondia também pelas delegacias de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo. Atualmente, ele se desdobrava no trabalho. Sem escrivão de polícia, realizava as duas funções para concluir os inquéritos que conduzia.
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