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Quem teve a oportunidade de acompanhar, como eu, a explanação da assessora técnica da secretaria municipal de saúde, durante sessão de audiência pública, realizada no plenário da Câmara Municipal, quarta-feira da semana passada, deve ter chegado a seguinte conclusão: a crise que envolve a saúde no município de Porto Velho não tem nada que ver com a falta de recursos, mas, sim, de gerenciamento eficiente. Há uma confusão generalizada, onde não se sabe, ao certo, quem manda e quem obedece. E ai já viu, onde não há disciplina, impera a bagunça.
O próprio secretário, durante sua fala, reconheceu isso. O nível de insatisfação da população com esse importante setor da administração é patente, não precisa mandar fazer nenhuma pesquisa de opinião para comprovar essa realidade, bastando apenas que o interessado se dirija a qualquer unidade de saúde mais próxima de sua casa.
Não é preciso ser especialista em coisa nenhuma para saber que a falta de gestão compromete toda a estrutura da rede, já insuficiente para atender à demanda. E quem sofre com esse descaso é a população, especialmente aqueles que não têm um plano de saúde. Acrescente-se a isso os profissionais do sistema, pois também eles têm sentido na própria pele as agruras do dia a dia, refletidas nos péssimos salários e nas precárias condições de trabalho.
A meu ver, o secretário Ramires não disse nada de novo, apenas repetiu o que vem sendo denunciado há anos, envolvendo várias administrações e, desgraçadamente, continua no governo do prefeito Hildon Chaves.
A expectativa é que o senhor Ramires, com a experiência que alguns dizem possuir, consiga retirar o paciente – a saúde municipal – da UTI, possibilidade essa, aliás, na qual não creio, a menos, é claro, que ocorra um milagre.
Pelo menos ele teve humildade para reconhecer a gravidade do problema e revelou disposição para enfrentá-lo. Recomendo ao novo titular da SEMUSA começar, desde já, a redobrar suas orações.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!