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Geralmente, quando um político europeu é pego em algum escândalo, ele prefere se suicidar a ter que enfrentar o desprezo de seus concidadãos. No Brasil, porém, acontece exatamente o contrário. Políticos são acusados de integrarem uma organização criminosa, que desviou milhões de reais dos cofres públicos, e o que acontece? Notas e mais notas de esclarecimentos, que não esclarecem nada, até porque não têm o que esclarecer, dada a contundência das denúncias, são publicadas em jornais impressos e eletrônicos. E ponto final. Fica o dito pelo não dito.
Se houvesse uma olimpíada muitos seriam condecorados com a medalha do cinismo, da desfaçatez, da cara de pau, da mentira mais soez, graças aos seus dotes próprios de negligentes, que não enxergam além dos mesquinhos interesses. São mestres na arte da leviandade, na prática de ludibriar a consciência de desavisados, tanto que há décadas estão na vida pública, amealhando fortunas, sem nada produzirem de concreto em proveito da população.
Os rondonienses de caráter, ampla maioria, sabem perfeitamente os nomes dos falsos moralistas, de cor e salteado. Não convém citá-los, nominalmente, pois seria uma afronta à dignidade dos leitores desse jornal. As peças raras podem ser encontradas nos gabinetes e ambientes refrigerados, nos restaurantes de luxo, quase sempre bem acompanhados, nas ruas de Porto Velho, circulando com seus carrões, ou, ainda, em estádios de futebol (por que não?) assistindo seu time preferido jogar, enquanto projetos de interesse da população são postergados por falta do número mínimo necessário para a sua aprovação.
Mas nem todos são iguais. Há pessoas íntegras na política. Injusto seria colocá-las no mesmo saco com corruptos contumazes. Muitos se têm destacado pelo esforço pessoal e intelectual, pelo trabalho sério voltado às necessidades do povo, sobretudo dos segmentos mais carentes. Mas eles são minoria e, por isso, acabam sendo atropelados pelo rolo compressor da malandragem, dos que fazem da política um instrumento de barganha, do toma-lá-dá-cá e do é dando que se recebe.
Políticos dessa estirpe, no entanto, envergonham o nosso país e, principalmente, o Estado de Rondônia, além de contribuírem para arrastá-los cada vez mais para o fundo do poço. Essas pessoas não sabem o que é desprendimento, pois são movidas apenas pelo desejo doentio de construir fortunas. Até quando vamos manter os campeões do cinismo na vida pública, mamando nas flácidas tetas do erário?
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