Ipam terá o mesmo fim do Iperon - Por Valdemir Caldas

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O Ipam é uma das mais importantes conquistas dos servidores públicos do município de Porto Velho, na administração do então prefeito Chiquilito Erse, que via no Instituto a menina dos seus olhos. Era impressionante o cuidado que ele tinha com a instituição.

Erse criou o Ipam pensando, exclusivamente, nos servidores do quadro efetivo, mas o politiquíssimo, sempre preocupado com seus próprios e mesquinhos interesses, acabou estragando tudo, desviando-o de suas finalidades precípuas, estendendo aos ocupantes de cargos comissionados e funções de confiança o acesso aos serviços médico-hospitalares.

Foi uma experiência desastrosa, um golpe mortal desferido, covardemente e de maneira irresponsável, contra o Ipam. A partir daí, começam os problemas. A assistência médica virou um caos. Muitos usaram e abusaram dos serviços, mas não recolheram a contrapartida, deixando dívidas colossais nos cofres da Instituição.

A chegada do doutor Hildon Chaves à prefeitura da capital vislumbrou a possibilidade de melhores dias para o Ipam. E ele até que começou no caminho certo. Primeiro nomeando Bosco da Federal para a presidência do órgão. Depois, retirando a assistência médica dos comissionados.

Os servidores efetivos aplaudiram a iniciativa e respiraram a aliviados. Mas aí veio a pisada na bola. Quando Bosco começou a mexer na ferida e expor os cancros que corroíam as estranhas do Ipam, o prefeito simplesmente o exonerou, sem maiores esclarecimentos.

A outra mancada só não se concretizou porque representantes dos servidores no Conselho Municipal de Previdência teriam dado o alarme. Trata-se de um reajuste salarial em torno de 100% para alguns diretores e da criação de uma penca de novos cargos comissionados.

O projeto de lei, de autoria do executivo municipal, seria apresentado aos conselheiros numa reunião marcada para quarta-feira da semana passada, mas que teria sido adiada por motivos desconhecidos. Quer dizer, não existe dinheiro para melhorar os serviços prestados aos segurados, mas há para reajustar salários de comissionados e criar novas sinecuras.

Enquanto isso, os serviços médico-hospitalares vão de mal a pior. A cada dia cresce o número de descredenciados. Um dos principais motivos seria a falta de pagamento. O atendimento de óculos está suspenso desde janeiro, sem qualquer explicação plausível por parte do palácio Tancredo Neves. Pelo andar da carroça, o Ipam terá o mesmo fim do Iperon.

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