Foi-se o homem ficaram as lembranças

COLUNA

11 de Agosto de 2016 às 16:25

Compartilhar via

Compartilhar no Whatsapp

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.

A família Neves está, desde a madrugada de quarta-feira, mais pobre. Pobre de humanismo, de caráter, de honestidade, de competência, de seriedade, de sensibilidade, de lealdade, dentre outros atributos. É que morreu o jornalista Carlos Neves de Araújo, mais conhecido como Carlinhos Neves, cujas causas ainda não foram reveladas.

Conheci Carlinhos quando ele era editor do jornal Alto Madeira. Sempre mantivemos uma relação de respeito mútuo. Neves era um homem simples, despojado de vaidade. Modesto até demais para quem dirigiu um dos mais importantes jornais de Rondônia, mas com uma visão aquilina da realidade de matar de inveja muita gente. Uma pessoa afável, de gestos elegante e educado. Entendia a imprensa como um instrumento a serviço da verdade e das boas causas públicas, uma espécie de ferramenta do bem-estar social e do desenvolvimento.

VEJA TAMBÉM:

LUTO - Jornalista Carlos Neves morre na capital

Equilibrado, amigo e exímio profissional, que dignificou e honrou não somente o jornalismo, como também os vários cargos públicos que ocupou, engrandecendo-os pela postura irrepreensível e pelo profissionalismo exemplar. Não se trata de nenhum exagero, pois quem o conheceu sabe perfeitamente que estou sendo fiel ao seu estilo de vida, ao seu caráter e ao seu temperamento cordato.

Carlinhos era um homem transparente. Tudo nele era claro, sempre à vista de todos. Sentimento, reação, o que pensava e o que ia dizer. Cultivava a naturalidade como quem respirava. A sua viagem prematura, final, entristeceu-nos a todos, principalmente quando se sabe que ele ainda tinha muito que ensinar. Conforta-nos, por outro lado, saber que, no breve período em que esteve na terra realizou (se não todos), mas seus principais desejos, tanto no campo pessoal como no profissional.

Que o Senhor, no triunfal e solene momento da ressurreição, o acolho no redil dos salvos, na gloriosa Canãa Celestial. Foi-se um homem de têmpera e um profissional retilíneo. Ficaram, contudo, as lembranças, seus ensinamentos, suas lições de vida, de honestidade, de caráter e de lealdade.

Direito ao esquecimento

Opiniões dos Assinantes (0)

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!