Momento Lítero Cultural - Por Selmo Vasconcellos

Momento Lítero Cultural - Por Selmo Vasconcellos

Foto: Escritores THIAGO DE MELLO e MARCUS MENDONÇA DANIN

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HOMENAGEM AO DIA DO ESCRITOR

Marcus Mendonça Danin – Porto Velho, RO.

 

Minha singela homenagem a todos os escritores e escritoras de ontem e de hoje!

 

MINHA POESIA

 

Minha poesia é filha de Neruda

respira Drummond, Clarice e Tarsila

É vital como Gullar vai direto na jugular!

Minha poesia é Pessoa que ressoa, ressoa...

Sussurra em Suassuna em

Humberto Eco ecoa, ecoa

E em Fernando Capelo voa...

Voa gaivota breve, voa leve...

Minha poesia é louca, é Lorca,

Maiakóvski e G.G.Marques

Flutua sobre as espumas das

Lágrimas flutuantes de Castro Alves

Minha poesia é Manoel que faz de

Barros a matéria de que é feito o céu!

É Dom Miguel de Cervantes, Sancho

Pança e Maquiavel

Minha poesia lê em mim Leminsk,

Gil, Caetano e Cacaso, nem que seja por acaso...

Minha poesia é Rimbaud ribombando

em Verlaine.

São seus Jorges Amados e Borges

É Clara em Machado e límpida como

Thiago Luzindo Mello

É Macunaíma em grande estilo,

em Grande Otelo

Minha Poesia é Queiróz Rita e Eça

Tem os Josés Francisco e Alencar

Nina Godói e Verônica Noblat!

É luzidia, Lusíada, reluz como uma

Florbela mais que bela!

Têm o esplendor das cores delirantes

de Van Gogh, Dalí e Bosch

É Kafkiana, é Balzaquiana

Como a Divina Comédia, é Humana!

Navega com o Velho e o Mar, junto

com Hemingway nas águas Dantes

navegadas de Camões e no Indianismo

exuberante de José de Alencar

Tem Vasconcelos, Mauro e Selmo

Tem os Meninos e o Rio, beradeiros

como eu, Binho, Brito e Elizeu!

Nasce no mato, burburinha na cidade

Fica a dois passos da eternidade

É Concreta, Parnasiana, Barroca,

Moderna, como Mário e Oswald de

Andrade, que a fazem eterna!

É Augusto dos Anjos e Demônios,

é repleta de pesadelos e sonhos

Como os corvos de Edgar A.Poe alçando

sinistros voos...

É marginal como um Chacal uivante nos

morros dos ventos de Emily Brontë

Meus versos são brancos, negros e livres

São cânticos de liberdade

Nos corações poéticos inconfidentes...

Minha poesia é Rosa que aflora

em Guimarães

É Cora Coralina acendendo

minhas manhãs!

Minhas poesia rebrilha em Cecília Meireles

Tem a beleza e a delicadeza das mulheres

Como a alma de Chico Buarque

Tem os Sá, Mário e Arimar, tem Akira

Cristina, Caballero e Pilar

Minha poesia é Bandeira fincado nos

corações de Manuéis e Josés!

Leva minh'alma a ouvir estrelas como

Bilac, Baudelaire, Valery e Balzac...

Têm os pássaros de Hitchcock na Rua

dos cataventos de Quintana

O sítio amarelo do Pica-Pau de Lobato

e a Graça do Aranha.

Tem a linda lolita de Nabokov

Tem a filosofia Socratiana

Tem a sapiência vigorosa Euclidiana

O épico Tolstoiano

A crueza de João Cabral

As memórias de Adriano

O universo de Hawkins

A paixão de Vinícius de Moraes

E o erudito Joyciano

Os cavalos selvagens de Eliakin

Os caminhos sinuosos de Proust

O paraíso perdido de Milton

O Romantismo de Byron

A devassidão de Sade

E a beleza poética de Shakespeare!

Minha poesia é feita fragmentos de

tudo que leio e li

De tudo que espero ainda viver

E de amores que confesso... já vivi!

Direito ao esquecimento

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