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1997 – 1998 – 1999 - POESIAS
17.Janeiro.1997 – M.L.C. nº 302.
NEIDE BARROS RÊGO – Niterói, RJ
Reflexão
Espinhos, lágrimas, dor
tristeza, ódio, revolta,
Ah! Nem o Criador
pode trazer a minha mãe de volta!
25.Janeiro.1997 – M.L.C. nº 303.
ALCEU BRITO – Brasília, DF.
Res Non Verba
Estrelas, sonhos de espera
longa. Ousada de amar
em vão. Pintura, aquarela,
borrão de tinta a vagar
lembranças daqueles tempos
crianças, algazarras
parques bolas templos,
pensamentos como garras.
SILÉA MACIEIRA – Niterói, RJ.
Aconchego
Em meio à brisa e à flor
Sendo o amor sua força vontade
Existe um pouso,
Uma via,
Viagem.
Algo mais entre o céu e a terra:
Magia.
Face real da miragem.
21.Fevereiro.1997 – M.L.C. nº 307.
LAU SIQUEIRA – João Pessoa, PB
Mercado Central de João Pessoa
São tristes
As folhas murchas
Do repolho
Que um homem faminto
Não pode comer.
21.Março.1997 – M.L.C. nº 311.
DINOVALDO GILIOLI – Florianópolis, SC.
de lírio
em lírio
delírios
28 e 29.Março.1997 – M.L.C. nº 312.
THIAGO MENEZES – Itapira, SP
MADRUGADAS DESCONHECIDAS
Há sempre sonhos perdidos
nos passos de minha lucidez mórbida,
com luzes desesperançosas
e lamentos murmuriantes.
No relógio de meu tempo
os sons perdidos, que
outrora foram canções radiosas,
transpõem as frustrações
dos desagregados.
estes brincam com o destino
e esperam madrugadas desconhecidas...
18.Abril.1997 – M.L.C. nº 315.
ELIANA SEBBEN PEDROTTI – Bento Gonçalves, RS.
IMPUREZAS
Ando nua
Sem angustia
Nem fazer mais caso
Do encobrir
A grande inocência.
ANAIR WEIRICH – Chapecó, SC.
MASOQUISMO
Me escondo nas dores
Que os amores me trazem.
E busco nas fugas
Aquilo que me sugas
Do mal que me fazem
27.Junho.1997 – M.L.C. nº 324.
ZANOTO – Varginha, MG.
Andávamos devagar
Sob a brisa,
Levando profundo arrebatamento
No olhar preciso e atento
A certeza
De nossa busca do mundo
25.Julho.1997 – M.L.C. nº 328.
MARLY NASCIMENTO BRASILIENSE – São Bernardo do Campo,SP
COLISÃO
Eu triste degradada
Por tanto amor degradada
Sou espectro de emoção!
Andarilha, o que me resta
É a clausura para este coração.
Nesta profunda cogitação
Nego, renego minha emoção
Trombo com as maldadas...
Quase que morro de loucura
Tanta dor me desfigura
Só encontro falsidade!
1º.Agosto.1997 – M.L.C. nº 329.
DORONI HILGENBERG – Manaus, AM.
Terraço
O último andar
é dos poetas,
que mesmo distante da lua
estão mais perto dos sonhos.
22.Agosto.1997 – M.L.C. nº 332.
RENATA PACCOLA FRISHKOM – São Paulo, SP.
Ao saudar um novo dia,
o pássaro, em liberdade,
traz no canto a melodia
de um hino à felicidade!
2 e 3.Outubro.1997 – M.L.C. nº 338.
LARI FRANCESCHETTO – Veranópolis, RS
Identidade
Pássaros casas
Pássaros cantam
Pássaros asas
Pássaros passam,
O que há de tão igual em mim?
14.Novembro.1997 – M.L.C. nº 344.
GOULART GOMES – Salvador, BA
ÁCIDO
A água furou a pedra
moinhos de Amsterdã
a manhã será mais bela.
21.Novembro.1997 – M.L.C. nº 345.
JACK RUBENS – Porto Velho, RO
CARTÃO
Mando-te rosas
e votos de boa vista...
os espinhos ficam comigo
JOCIMAR ALVARES BUENO – Belo Horizonte, MG
Ame, ame, embora tudo se desmanche,
abra seu céu azul e branco interior,
pois, em se amando, há pouca chance,
Que chance poderá haver sem amor?
6.Fevereiro.1998 – M.L.C. nº 356.
CHEILA STUMPF – Santa Cruz do Sul, RS – CRUZ
CRUZ
Não tenho lugar
Pra enterrar
O que morreu em mim.
Fico pelas praças,
Perambulando,
Com essa cruz
Que não tem onde pousar.
6.Março.1998 – M.L.C. nº 360.
ALICE SPÍNDOLA – Goiânia, GO
TRAVESSURAS
Minha voz
Vai com o vento
Deixando perfume
De beijos esperados
Espalhando queixumes
Encaracolados
Nas travessuras
Do momento
15.Maio.1998 – M.L.C. nº 370.
ALDENOR BENEVIDES – Juazeiro do Norte, CE
Toda biblioteca, pública ou particular,
ao entrar-se nela a porta deve ser beijada.
5.Junho.1998 – M.L.C. nº 373.
ZANOTO – Varginha, MG
Quantas intenções
Viciosas
Numa frase inocente
E pura,
Que de você ocultei,
No risco da pergunta.
24.Julho.1998 – M.L.C. nº 380.
JEAN-PAUL MESTAS – NANTES, FRANÇA.
Poema do Silêncio Prolongado
Foi isto que aconteceu:
Antes precisamente de morrer
Os homens partiram.
E na terra permaneceu
Cansada indiferente.
TÂNIA LURDES SCHWAB – Ijuí, RS
Sou
O silêncio de quem ouve
O murmúrio de uma prece
A fadiga de uma insônia
A insônia de uma fadiga
O refúgio dos incompreendidos
O suspiro de uma dor
A desgraça dos que vão
O consolo dos aflitos
.Março.1999 – M.L.C. nº 413.
ASTRID CABRAL – Rio de Janeiro, RJ
FILHOS
Na noite de meu corpo
Dormiram a fabricar
Seus destinos em pausa
De treva e segredo:
Fermento da vida
Fiando o ser para
O esplendor do dia
18.Junho.1999 – M.L.C. nº 425.
NEIDE ARCHANJO – Rio de Janeiro, RJ.
ÁGUAS E MARES
Porque sendo água por fora
As palavras são mares por dentro.
JACQUES CANUT – AUNCH, FRANÇA
(Tradução IRINEU VOLPATO)
JARDIM EM FRENTE
Místicos;
Contemplam a nudez
Do céu
Como a de uma mulher :
Cariciada languidamente
Sem que o desejo
A machuque.
TERESINKA PEREIRA – Ohio, EUA
Tudo é vazio na vida
O que enche é a flor
Do minuto exato.
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