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AÇO COERCIVO – Porto Velho, RO
Jornalista. Escritor, Poeta, Divulgador e Ativista Cultural.
Poesias
Jardim da Culpa
Nunca vou encontrar a lupa
que revelou a culpa
de fechar os olhos
Nunca vou revelar a culpa
que encontrou a lupa
e abriu os olhos
Os olhos nas lentes
revelam toda a culpa
de não encontrar
A lupa é uma culpa
que encontra os olhos
escondidos nas lentes
Nunca vou encontrar
a culpa de andar perdido
dentro dos olhos
Encontrar o nunca
é como abrir os olhos
dentro da culpa
***
SÚPLICA
As flores
estão
cansadas
Há sorrisos
de plásticos
espalhados
Em todos
os cantos
os cantos
E a chuva
ainda não
chegou
Escuto
no pulso
o coração
E sobre
os ombros
um peso
As flores
murchas
caem
Há muito
pensamento
de metal
Já faz
algum tempo
voltou a chuva
E uma
borboleta
grita
Quando
virão
as lagartas?
***
POESIA DE RUA
Esqueço a estrada
quando natural me parece
a falta de minha rua
A mim, tudo se estende,
na parte que desconheço
e naturalmente se abre
Para o esquecimento da rua
que se abre repetidamente
feito uma estrada fechada
Fica a ilusão perdida
de um sentimento de ócio
desfazendo-se no silêncio
Pareço que desmereço
o próprio desaparecimento
de um vazio que se parece
Com a natureza vencida
desses caminhos trilhados
tão naturais como as ruas
E como seriam as esquinas
se repetidamente fechadas
fossem esquecidas?
Como seriam, se não fossem,
esquecidamente os anos
nos ombros tão desiguais
De homens que não esquecem
dos trechos de ruas isoladas
como se fossem suas vidas
Como se passassem anos
esperando a claridade
de um amor resignado
A mim, tudo se abre,
feito o próprio esquecimento
da repetição de estradas
Esqueço que as esquinas
quando natural me parecem
são apenas trechos de ruas
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!