Hoje, dia 20 de abril, aniversaria um ilustre guajaramirense, brasileiro dos melhores que conheci, íntegro, competente, humilde, generoso, filósofo, sábio e possuidor de rara sensibilidade, decorrente da inteligência que o movimenta.
Eu o destaco porque o tenho na condição de verdadeiro irmão, um amigo que conquistei, quando me descobri como gente, até porque nossos vínculos antecedem a nossa convivência por conta de meus antepassados com os de seus pais e irmãos.
Dono de uma cultura elevada, por se ter tornado um amante dos livros e caprichoso cultor da língua portuguesa, especializou-se nas sutilezas das regras gramaticais, etc, etc.
Uma vez quis polemizar com ele sobre um tema (que eu não dominava) e ele me deu uma sova de 30.000 X 0, perdoando este escriba com a humildade que o envolvia...
–Joãozinho, provoquei, eu sabia que era tudo como você colocou na discussão. Mas, quis testar o seu conhecimento, daí ter-me situado como um cara teimoso e carente de conhecimento sobre a matéria...
–E o pior é que acredito! Sorrindo, me deixou humilhado, porém aquinhoado de mais conhecimento vernacular.
O João Miguel é dono de um manancial de talentos!
Por exemplo, sua escrita é perfeita! dono de uma caligrafia que causa admiração aos que a conhecem! É músico virtuoso, aptidão que conquistou mercê da sua erudição e vontade férrea para aprender a tocar SAX com a maestria que inebria, tanto que comove a platéia que tem o privilégio de ouvi-lo!
Nos tempos do BANCRÉVEA, ali na Avenida Carlos Gomes, nos antigos bailes e nos carnavais de antigamente fazia explodir emoções e enternecia os namorados iniciantes, ao lado de outros artistas de Porto Velho, dos anos 50 e 60.
Todavia, se as virtudes por conta das artes já o credenciariam como um ser humano de vanguarda, no campo espiritual, ai, sim é que... explode coração! Aí, sim é que ele é visto como consagrado como uma referência do bem, um paradigma para a bem-aventurança, dada a excelente formação moral, política e social que envolve toda a sua personalidade, tão bem esculpida, otimamente bem delineada.
Fizemos parte de uma geração de bancreveanos que foi tida como primorosa! A sua trajetória no Banco da Amazônia S/A foi exemplar! Transferido para a cidade de Belém, gerenciou a Filial do BASA, numa fase e, noutra, assessorou Diretores e Presidentes, apoiando-os com pareceres edificantes, respaldados na lealdade, nos princípios jurídico/administrativos e no bom senso.
Foi em João Miguel de Araújo Lima que fui buscar o respaldo de que precisava para buscar o êxito que alcançamos também na segunda gestão do Banco Estadual, entre 1991/1994. E, tenham certeza, o Joãozinho fora imprescindível para que conquistas fossem materializadas, porque de mãos dadas com outros abnegados da Instituição, em nome da racionalidade, da devoção de almas e de espíritos, na procura de eficácia, eficiência e efetividade, construímos uma gestão que transferiu o BERON vivo, apesar da inclemência do Plano Real.
Jamais iríamos supor o desastre que se transformaram as gestões daqueles que nos substituíram...
O Senhor Araújo Lima, esse Joãozinho de tantos amigos fraternos, esse símbolo do altruísmo, do preparo profissional, dono de uma perspicácia ímpar, já ultrapassou os 93 anos e nos lega tantas mensagens de companheirismo, fraternidade e generosidade...
Que Deus continue abençoando-o e lhe conceda muita saúde, paz, harmonia e prosperidade, hoje, dia do seu aniversário, amanhã e sempre!