Sem mentira, sem traição – Por Osmar Silva

COLUNA

12 de Agosto de 2016 às 14:43

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Na próxima segunda feira, dia 15, com rádio e televisão pelos próximos quarenta e cinco dias, começa a campanha eleitoral. Na última eleição, foram 90 dias. O tempo encurtou. E ficou mais difícil para quem não é conhecido na praça e depende do bolso alheio.

Mesmo obtendo doadores, os valores são pequenos, se comparados aos das campanhas anteriores. Quem se arrisca ir além do permitido na lei?

Estes são alguns dos problemas dos candidatos. Mesmo que o sujeito possa bancar cem carros na campanha, se esse custo não couber dentro da lei, terá de se contentar com os vinte que cabe na regra. A restrição objetiva igualar as oportunidades entre os candidatos na busca do voto.

E o eleitor, como fica?

Bom, esse terá que descobrir alguém digno do seu voto. Com exceção dos militantes partidários, que tem voto comprometido, o eleitor livre não se apega mais a este ou aquele partido. Decide seu voto pela empatia com este ou aquele candidato.

Há muito o eleitor desencantou-se com as dezenas de siglas partidárias que pregam uma coisa e fazem outra. Ou se aliam, espuriamente, aos adversários. Se desmoralizaram diante da sociedade. Não conseguem mais esconder seus interesses venais.

Por isso, o eleitor livre não tem partido e nem lado. Têm necessidades a serem atendidas. Só isso.

Eu, por exemplo, só quero um prefeito e vereadores que não me roubem mais. Simples assim.

Só quero que Porto Velho, seja uma cidade com ruas asfaltadas e limpas. E com luz em todos os postes.

Quero um candidato que tenha como conduta de vida, a palavra de honra, de homem. Que faz o que fala e cumpre o que promete.

Quero um prefeito que não deixe faltar água na torneira, no inverno e no verão. Sem desculpa, sem mentiras. Afinal, só temos duas estações da Amazônia: verão e inverno. Fácil, portanto, de planejar.

Desejo um prefeito que coloque placa nas ruas, número certo nas casas. Para não enlouquecer mais o visitante e o habitante.

Quero um governante que tome as praças da cidade de volta e as entregue restauradas ao povo. Em Porto Velho, as praças e as ruas são dos camelôs e dos marreteiros.

Quero um executivo que faça as empresas de lixo e do transporte público, cumprir o seu dever e a sua função social.

Quero um prefeito que uniformize as calçadas e dê acessibilidade ao idoso, especiais e as crianças. Ao pedestre, enfim.

Quero um prefeito que não deixe faltar médicos nem remédios nos postos saúde.

Enfim, só quero um prefeito que não deixe faltar creches, escolas e professores. Nem livros, merenda e nem transporte para todas as crianças.

Quem atender a essas necessidades básicas, terá o meu voto. Mas tem que me convencer da sua honradez. Sem isso, nada feito.

Obras grandes e estruturantes, só devem ser encaradas com o apoio do Estado e da União. Sem isso, não se meta, não me engane, não ofenda minha pouca inteligência.

Não venha com papo de restaurar a Madeira-Mamoré até o Iata. Não diga que fará a Beira Rio mais bonita do Brasil.

Não me iluda com rede de esgotos e estações de tratamento. Não minta.

Se quiser mesmo, lute por estas causas junto aos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores. E governador.

E não brigue com eles. Senão sua chance de êxito é zero.

Assim, o meu voto será de quem se comprometer em fazer bem feito, o arroz com feijão ou o jaraqui frito com baião-de-dois. Sem mentira, sem traição. E você, a quem dará o seu voto?

Direito ao esquecimento

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