Jovens lançam Amazon Metais e profissionalizam o setor de sucatas

COLUNA

02 de Setembro de 2015 às 09:31

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Folha Jovem - João Albuquerque

O fardo de latinhas prensadas que os empresários Anderson de Mazzi e Danilo Aranha ,ambos de 31 anos, conservam com afeto no escritório da empresa dos dois, a Amazon Metais, representa muito mais do que um mero amontoado de sucatas.

Ali está o incentivo de pessoas especiais que participaram do lançamento do negócio realizado num almoço de domingo em clima familiar.

“Fizemos um círculo e os convidados foram jogando latinhas na prensa até se formar esse fardo que vai ficar como um marco histórico do nosso empreendedorismo”, decreta Anderson.

Danilo por sua vez, relembra outra cena marcante ocorrida naquele dia ensolarado. “Quando o pastor Wesley Oliveira deu início à bênção do local, começou a chover e parou assim que ele terminou a pregação”.

Com esse início abençoado, o empreendimento cresceu vertiginosamente graças a parceria empresarial dos rapazes que são formados em administração de empresas com pós – graduação em finanças, controladoria e auditória.

Além da formação na área administrativa contribuir para o êxito da organização, foi à meta dos seus gestores em profissionalizar em Rondônia o setor de sucatas que garantiu a sua consolidação.

Eles estão sempre buscando inovação, inclusive participaram neste mês em São Paulo da Expo Sucata a maior feira do setor na América Latina.

Paralelamente ao conhecimento sobre essa área, estão buscando a modernização, da companhia, que compra latas, alumínio, cobre, metal, entre outras sucatas.

A Amazon Metais está adquirindo uma máquina automática com capacidade de prensar 1 milhão e 125 mil latinhas por dia.

De posse do material, a empresa que se destaca pelo cumprimento de toda a legislação exigida para atuar no ramo, realiza a limpeza, a separação, prensagem, carregamento e a comercialização do produto final, ou seja, matéria – prima para outros produtos.

Segundo Anderson, eles compram a sucata de fornecedores de Rondônia, Amazonas e Pará. A venda do produto depois de reciclado é feita também para outros centros do País, principalmente São Paulo.

“Vendemos para vários indústrias de diferentes ramos, inclusive as que fabricam peças automotivas e embalagens de bebidas que são as próprias latas de cervejas, refrigerantes, entre outros produtos”, informa o empresário, ressaltando que por mês são comercializadas 7 milhões e 500 latinhas.

Essa matemática tem uma equação especial porque não são apenas os dois empreendedores que saem lucrando com o negócio sustentável. Além da geração de emprego e renda, eles estão ajudando na preservação ambiental.

Danilo calcula que a vida útil de uma lata no meio ambiente é de quinhentos anos, enquanto o processo de reciclagem que lhe devolve as prateleiras novinhas em folha dura apenas um mês.

Outro número apresentado com orgulho pelo empresário que fala entusiasmado sobre sustentabilidade, é que a economia de energia elétrica consumida na reciclagem de alumínio de sucata é de apenas sete por cento da energia total gasta na produção desse mesmo metal ao ser retirado diretamente da natureza.

Quando analisam a cadeia produtiva da causa que abraçaram, Anderson de Mazzi e Danilo Aranha repetem com bom humor uma frase que se tornou lema na carreira da dupla. “O que para muitos é o fim, para nós é apenas o começo”, definem sobre a caminhada no empreendedorismo que começou abençoada com promessas de ter um sucesso sem fim.

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