A coisa deve estar muito feia mesmo, de Porto Velho a Vilhena
Foto: Divulgação
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Claude Levi-Strauss, o sábio antropólogo francês, escreveu, para assombro de muitos, que “o Brasil não pode continuar correndo o risco de se tornar obsoleto antes de ficar pronto”. Isso precisa ser relembrado sempre que más escolhas políticas ou golpes de força impõem soluções oportunistas ou simplesmente inadequadas para enfrentar os desafios nacionais.
Para infelicidade das crianças e das futuras gerações, a destruição da floresta é mais rápida que a atuação das forças do progresso para aprontar o Brasil, que não vai ficar pronto sem usá-la bem. A ignorância sobre a Amazônia é espantosa e chega a assustar quando, por oportunismo ou simples desconhecimento, revela-se pela boca de uma autoridade brasileira: a diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, que ao negar a existência de corais e recifes vivos na Amazônia se torna a musa dos negacionistas.
É importante debater se o país ganhará mais explorando petróleo por tempo finito na foz do Amazonas, se é melhor proteger um sítio único no mundo, para aproveitar seu potencial econômico, ainda sequer mapeado, ou se as duas coisas são possíveis. Enquanto as variáveis não forem estudadas com cuidado e rigor nos marcos democráticos não há como de cravar se a melhor opção é extrair petróleo ou preservar a Amazônia desde seus mais distantes e isolados matões até sua incrível foz.
Sinuca de bico
Se forem seguidas as recomendações técnicas do CREA-RO a nova rodoviária só ficará mesmo concluída daqui a quatro meses. Sendo assim teremos duas inaugurações: a primeira no próximo dia 20, anunciada pelo atual prefeito Hildon Chaves, ainda não conclusa, faltando alguma coisa para seu término, e outra para valer com todo prédio entrando em operação já na gestão do próximo prefeito Leo Moraes. Na hipótese da inauguração incompleta, seria bom Hildon Chaves esclarecer os motivos de tantos atrasos e tantos anúncios de inauguração cancelados. No caso de Leo Moraes, na segunda inauguração, lembrar de Hildon nas placas comemorativas.
A recomendação
Sem dúvidas, inaugurar uma rodoviária inacabada é um contrassenso. Lembro que o então governador Ivo Cassol deixou de inaugurar o CPA porque não estava devidamente concluído e equipado, deixando para o seu sucesso Confúcio Moura, que pouco lembrou do verdadeiro autor da obra. A melhor recomendação que tenho constatado é de autoria do jornalista Robinson de Oliveira, que em recente coluna ponderou que o prefeito Hildon Chaves e o eleito Leo Moraes deveriam entrar num acordo a respeito da inauguração, já que ela está longe da conclusão. Será que vai prevalecer o bom senso?
A crise na saúde
O caos na saúde estadual foi denunciado pelos deputados estaduais Alan Queiroz, Pedro Fernandes e Claudia de Jesus na Assembleia Legislativa. Enfatizando a falta até de medicamentos simples como a dipirona, os pronunciamentos foram ácidos. Um posicionamento que causa até surpresa porque durante todos estes anos os parlamentares estaduais se comportaram como verdadeiras avestruzes. A coisa deve estar muito feia mesmo, de Porto Velho a Vilhena. O governo atual está devendo milhares de cirurgias eletivas. Tem casos de pacientes esperando tratamento há mais de dois anos sem expectativa de serem atendidos pelo governo estadual.
Boom imobiliário
Enquanto alguns estados vivenciam um verdadeiro boom imobiliário, com expressivas vendas de casas e apartamentos, casos de São Paulo, Paraná e o vizinho Amazonas, Porto Velho patina neste segmento que acabou sedo mais prejudicado ainda com as restrições da Caixa Economia Federal-CEF para novos financiamentos a partir deste mês de dezembro. As expectativas dos corretores não são nada animadoras para este final de ano, mas existe a esperança da recuperação deste mercado para o ano que vem. Demanda existe, a procura é grande, mas faltam recursos para os mutuários fecharem negócios na CEF.
Grande sucesso
Como nas edições anteriores, o Domingão da Câmara dos Diretores Lojistas-CDL em Porto Velho é um sucesso de público e de resultados para o comércio lojista. Neste ano, a primeira promoção foi na Av. Jatuarana, na Zona Sul. Neste domingo, dia 15, o evento será realizado na Av. Amador dos Reis, na Zona Leste. Poucos dias antes do Natal, será a vez da Av. 7 de Setembro, dia 20, no Centro Histórico. Os dirigentes da CDL esperam aumentar em 20 por cento as vendas nestas festividades natalinas e de Ano Novo, gerando centenas de empregos temporários para atender toda demanda.
As reformas
Para atender os partidos do centrão, que mandam em seu governo o presidente Luís Inácio Lula da Silva já admite alterações em seus ministérios com vistas às eleições 2026 para agradar gregos e troianos, que padecem com algumas rusgas entre os paridos conservadores por disputas de poder. Em Rondônia, o atual secretariado do governador Marcos Rocha vai se adaptando para que o vice-governador Sergio Gonçalves dispute o Palácio Rio Madeira nas eleições de 2026. Já se percebe que a participação do vice-governador tem aumentado nos eventos estaduais seja em Porto Velho ou no interior do estado.
A contaminação
Desde a década de 80 é constatada uma enorme contaminação do mercúrio no Rio Madeira, alguns trechos chegando até 70 por cento. As pesquisas da Universidade de Rondônia-Unir sempre alertaram para as consequências da utilização do metal no garimpo o que aumentaria ainda nas décadas seguintes com a intensificação da lavra do ouro. Mesmo com as proibições e severa vigilância dos órgãos ambientais, pescar e consumir peixe do Rio Madeira nas cercanias da orla de Porto Velho é uma fria. Melhor mesmo consumir tambaqui de cativeiro, adquiridos nos supermercados.
Via Direta
*** Os preços de hortifrutigranjeiros e até das passagens aéreas influenciaram no aumento da inflação neste final de ano em Rondônia. Todos perplexos com as altas nos supermercados *** As deputadas estaduais e vereadoras de Porto Velho precisam se lembrar de cobrar das autoridades municipais e estaduais mais atenção com a construção de creches, bem como a revitalização das já existentes *** A reclamação tem razão de ser e a chiadeira neste sentido só tem aumentado na capital rondoniense *** A empresa responsável pela construção da nova rodoviária em Porto Velho triplicou o número de operários na obra visando acelerar o empreendimento.
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