O investimento no Brasil Mais Produtivo, com execução prevista até o ano que vem, é de R$ 50 milhões
Foto: Divulgação
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O ministro Marcos Pereira (Indústria, Comercio Exterior e Serviços) lançou na sexta-feira (12), em Porto Velho, o Programa Brasil mais Produtivo, que tem por objetivo capacitar em todo o Brasil pequenas e médias empresas com a meta de aumentar sua produtividade em 20%, e o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), que envolve 16 instituições e tem o propósito de estimular empresas a exportarem seus produtos. O lançamento, com a presença do governador Confúcio Moura, ocorreu na sede da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero).
Há 90 dias no cargo, Marcos Pereira disse que no último ano a participação da indústria nacional no Produto Interno Bruto (PIB) foi inferior a 10%, mas que está otimista, e que o cenário da economia começa a mudar.
Segundo ele, o Brasil Mais Produtivo e o PNCE foram desenvolvidos para melhorar o ambiente de negócios, alavancar e buscar a retomada da indústria nos cenários nacional e internacional. Os programas foram lançados nacionalmente em abril deste ano, e nos últimos 20 dias o ministro e técnicos do ministério lançaram as propostas no Espirito Santo, Amazonas, Acre e agora em Rondônia.
O investimento no Brasil Mais Produtivo, com execução prevista até o ano que vem, é de R$ 50 milhões, mas o ministro anunciou que está em estudo ampliar a capacitação das atuais três mil empresas previstas, e com isso os recursos existentes. O custo de capacitação para cada empresa é de R$ 18 mil.
São consultores do Serviço Nacional da Industria (Senai) que capacitam as empresas. Elas devem ter entre 11 e 200 empregados, e pertencer ao ramo moveleiro, vestuário e calçados, metalmecânico e alimentos e bebidas, quatro setores prioritários definidos pelo Ministério da Industria, Comércio Exterior e Serviços para acessar o programa. As empresas interessadas devem preencher um cadastro no portal http://www.brasilmaisprodutivo.gov.br/.
“O programa Brasil Mais Produtivo prevê intervenções rápidas, de baixo custo, para impactar a produtividade da indústria. A ideia é revitalizar o processo produtivo das pequenas e médias empresas, muitas vezes ocioso, desatualizado, obsoleto. Revisar custos, rever desperdícios e elevar sua produtividade minimamente em 20%”, frisou o ministro Marcos Pereira.
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O foco do programa, que nasceu no âmbito da Confederação Nacional da Indústria(CNI), é na redução de sete tipos de desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.
O ministro disse que após estudos feitos pelo ministério, dois Arranjos Produtivos Locais do setor moveleiro, em Ariquemes e Ji-Paraná, foram elencados para o Brasil Mais Produtivo. O diretor regional do Senai Rondônia, Valério Duarte, disse que a meta de 40 empresas participantes poderá ser ampliada, e que Porto Velho deverá ser incluído no programa. Dez empresas já estão sendo capacitadas pelo Senai.
O governador Confúcio Moura disse que Rondônia é um estado exportador, com características que favorecem o mercado externo, saudou as iniciativas como uma oportunidade das empresas superarem obstáculos e fez um apelo para que o estado participe do programa com a capacitação de ao menos 100 empresas.
Sobre o Plano Nacional de Cultura Exportadora (PNCE), o ministro Marcos Pereira disse que representa a soma de esforços de 16 instituições, com objetivo de aumentar a base exportadora local, atuando em três diferentes frentes: identificar empresas cujo produto tenha potencial para atingir o mercado externo, trazendo para a atividade exportadora; tornar habitual as exportações de empresas que exportam esporadicamente; e, por fim, diversificar as exportações das empresas que já exportam de forma habitual.
Em Rondônia, segundo o superintendente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), Gilberto Batista, existem 170 empresas exportadoras e 8 mil estabelecimentos industriais, matrizes e filiais. Segundo ele, 95% da exportação é feita por grandes empresas, e 2/3 do volume de produtos exportados são carne e soja. Batista disse, que ao contrário do Peru, falta ao pequeno e médio empresário do Brasil a confiança para investir numa cultura exportadora.
“Em tempos de globalização, a indústria e o comércio exterior se revestem da maior importância para alavancar os indicadores de crescimento de uma nação. A indústria manufatura bens e produtos agregando valor e tecnologia. O comércio exterior expõe a qualidade dos produtos brasileiros, equilibrando as trocas e a balança comercial, gerando receita e qualidade de vida”, disse Marcelo Thomé, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero).
Além do governador Confúcio Moura, recepcionaram o ministro em Porto Velho, o senador Valdir Raupp; e os deputados federais Lindomar Garçon, Mariana Carvalho e Marcos Rogério.
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